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“Tin-Tin”
Isabel e Wanda estão com seus respectivos copos já erguidos no ar, prontos para o tão importante brinde. Porém, Dalva aparece na hora exta e atrapalha a ação. A moça entra na sala e não demora muito para confirmar suas suspeitas de que Wanda ia tentar alguma coisa contra Isabel. Ela observa de longe o sútil pó não disolvido no fundo do copo que Isabel segura. Nervosa, mas já com uma ideia em sua mente, ela põe um sorriso no rosto e se aproxima amigavelmente de Isabel.
– Isabel, que bom ter você de volta a loja.
– Dalva, que surpressa. Fazendo hora extra?
– É, fiquei até mais tarde hoje. Para tentar colocar as coisas em seu devido lugar – responde Dalva, dando um olhar nada discreto a Wanda. – Ham, Wanda, eu queria falar com você sobre a porcentagem da minha comissão na venda daquelas bolsas.
– Claro. Mas vamos conversar sobre isso amanhã. Nós já estamos indo embora, só íamos beber um copo de ponche.
– Brinde conosco Dalva – convida Isabel.
– Não – exclama Wanda, em um tom de voz muito além do normal.
– Não? Porque não? – Isabel estranha.
– Não, é que eu só peguei dois copos na cozinha. E como a essa hora a Ivanita já fechou tudo por lá.
– Ah, mas não tem importância. Eu e a Dalva dividimos o mesmo copo, se você não se importar amiga. É até bom, eu sou meio fraca para bebida.
– Não há necessidade. Já estou na minha hora – desculpa-se Dalva. – Só antes de ir, vou querer um abraço Isabel.
– Ah, claro Dalva. E obrigado por tudo que você fez para mim.
– Foi pouco. Acredite, foi pouco – fala Dalva ao mesmo tempo em que enlaça Isabel com seus braços.
Wanda observa toda a cena atônota, ainda não entendendo o porque da troca de lado da ex-amiga. Dalva continua um longo abraço em Isabel, ficando de costas para Wanda e de frente para a bandeja que suspenta os dois copos. Em um gesto rápido, quase que imperceptível, Dalva troca a posição dos copos sem Wanda notar. Logo após, despede-se.
– Agora tenho mesmo que ir Isabel. Sabe, no que precisar pode contar comigo – diz Dalva, ainda de mãos dadas com a nova amiga. Depois de ouvir um agradecimento da mesma, se dirige a Wanda. – E você Wanda, logo acertaremos o nosso assunto.
– Que assunto? – pergunta Wanda, preocupada.
– O da porcentagem da bolsa.
– Ah, claro. Que cabeça a minha – fala desconcertada. – Amanha falamos sobre isso. Tchau.
– Adeus. Até logo Isabel.
Dalva sai do luxuoso escritório. Wanda prossegue:
– E então, onde estávamos? Ah... no brinde claro – Ela volta a pegar os copos, tomando cuidado com suas posições. – Tome aqui. Esse é meu. Então, como já tinha dito antes, ao futuro minha querida. Tin-tin.
– Tin-tin.
E as duas enternas oponentes bebem o drink.
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