Madrinha Má
– Onde está a Tereza?
– Não há Tereza – responde Wanda, em um doce tom de timidez. – Desculpa ter que lhe mentir, mas eu precisava conversar com você.
– Eu não tenho mais nada a falar com a sua pessoa – Isabel afirma, pouco antes de vir as costas.
– Isabel, espere. Mesmo que à força, eu te ouvi no depósito. Eu peço que faça o mesmo, ouça o que eu tenho a dizer.
A moça encara Wanda novamente.
– O que é que você pode ter a falar, Wanda?
– Eu tenho que me desculpar. Eu sei que pode parecer muito estranho. Eu sei que é. Mas a verdade é que eu refleti sobre tudo o que você me disse. Aquela surra, serviu para alguma coisa. Eu vi. Eu vi que eu errei muito.
– Eu não sei até onde isso é verdade ou se é mais uma maracutáia – fala Isabel, não acreditando em tão repentina mudança. – Mas só lhe digo que agora não adianta de nada seu arrependimento. Continue sua vida. Que eu continuo a minha.
– Eu entendo que você esteja com raiva. Você está coberta de razão. Eu sentiria a mesma coisa, ou até mais. Mas tudo que eu lhe peço é uma chance de me redimir. Por favor, eu não quero que a nossa amizade, o nosso companherismo acabe com isso.
– Wanda, vamos deixar o tempo passar. A ferida ainda está muito aberta, não adianta querer que cicatrize tão rápido.
– Claro, está certo. Mas pelo menos você me deu uma esperança. Ah, eu sei lá. Pode paraecer muita pretenção, ou até sandisse minha, mas eu sonho em ser madrinha dessa criança. – Se os apelos de Wanda não fossem tão dissimulados, chegariam a ser engraçados.
– Hum, bom, veremos. Por hora, estamos conversadas – fala Isabel antes de se virar novamente, já com nojo da cara da oponente. Não agüentava mais ficar ali.
– Sim. Mas, antes de ir eu quero propor um brinde.
Isabel vira-se novamente., indgnada.
– Brinde? Por favor Wanda, não forçe a situação.
– Eu preparei com tanto cuidado Isabel. Não seja indelicada. Um copo de ponche, apenas para celebrarmos a nossa futura reconciliação.
– Se eu beber um copo de ponche posso ir embora? – pergunta a moça, não agüentando mais aquilo.
– Pode. Juro. Deixa eu servir – Wanda serve rapidamente os dois copos. Depois, dá o copo da esquerda para Isabel. O copo que contém o veneno mortal. – Ótimo. Ao futuro, amiga. Ao futuro
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