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11º capítulo de Fruto Proibido

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

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Vá Embora!

– Não fale isso mãe. Eu preciso do seu apoio. Agora mais do que nunca – clama Isabel.
– Eu mandei você levantar dessa cama sua degenerada – fala Madalena pausadamente, ao mesmo tempo em que caminha até a filha e a agarra pelos cabelos.
A moça grita, pedindo para a mãe a ouvir. Mas Madalena não queria ouvir nada que aquela moça tivesse a dizer. Não era uma má mulher, só não pensava que um dia teria que passar por uma situação (vergonhosa, julgava ela) como aquela em toda sua vida. Por fim, abre a porta da rua e empurra sua filha para fora de casa.
– Mãe. Não faça isso comigo. Por favor, você não – chora Isabel, enquanto esmurra a porta já trancada.
Enquanto isso, Madalena vai até o guardo, prepara rapidamente uma mala para Isabel e volta à porta. Abre a mesma, e arremessa a mala para fora.
– E se você ainda tem um pingo de decência, não me apareça aqui tão cedo.
– Mas mãe, você precisa me ajudar a...
– Se aparecer, vai dar com a cara na porta. Assim como agora! – Madalena bate violentamente a porta da sua casa, sendo possível depois, ouvir apenas mais uma seqüência de barulhos. O som das trancas da porta distanciando mãe e filha.
E em meio ao momentos de desvaneios e de puro desespero, a recém-desabrigada menina, acaba decidindo ir a casa de Estevão. Chegando lá, é recebida com muito carinho.
– Deixe que eu carrego essa mala. Você escolhe se quer ficar no quarto de hóspedes, ou dormir comigo.
– Ah, desculpe Estevão. Mas eu prefiro o quarto de hóspedes.
– Eu entendo, você precisa descançar. Mas uma coisa merece ser comentada: a sua mãe heim. Dessa vez ela errou feio. Te expulsar de casa porque você está grávida, meu Deus, ela devia é estar te apoiando. Mas não se preocupe, para todos os efeitos, você tem e sempre terá a mim.
Mas Isabel não aguenta mais o estado em que se encontra tudo aquilo. Tudo se encontra está errado, tudo está fora do lugar. E em um ímpeto de culpa e arrependimento, decide contar a real verdade a Estevão.
– Estevão, está tudo errado. Olhe o apoio que você está me dando. O que eu estou fazendo não é certo, é quase pior do que eu já fiz. Eu acho que não tem jeito, chegou a hora de eu lhe contar a verdade.
– Verdade? Qual verdade, há algo que eu não sei?
– Sim. Ai, eu não sei como lhe falar isso. Estevão, eu... eu menti quando eu disse que o filho que eu estava esperando era seu.
– O que? Como assim Isabel?

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